Venha ver, é só um instante. Deixe-me mostrar o quanto escrevo sobre você. Como os meus papéis te conhecem, e meus lápis te desenham. Deixe-me mostrar como o meu coração te enxerga e como eu preciso de você…

domingo, 18 de março de 2012

Ouço uma melodia


Que me fascina, me entorpece
Faz-me desejar o seu respirar
Um coração pulsante freneticamente junto a mim
Melodia que passeia entre os meus cabelos
Envolve-me num manto de sossego e calmaria
Que me embala como uma cantiga de ninar.
Ela não me deixa
Continua a me presentear
Com a brisa leve que vem do norte
Insiste em me fazer dançar
Deixa-me esvoaçante como um dente-de-leão que é carregado pelo vento
Como os dedos suaves de um pianista
Massageando a minha pele branca
Me envolve no seu doce som
Fecho os meus olhos
E repouso em suas notas...

domingo, 11 de março de 2012

Um segundo olhar.





 Pego-me observando as situações em minha volta, isso sem duvida acontece com certa freqüência, mas quero deter-me aqui a uma observação em particular: O segundo olhar.
 Muitos dizem, especulam que o corpo se comunica. Nossos braços, o movimento de nossas pernas reflete algum pensamento do âmago de nosso subconsciente. O que dizer então do olhar? Frases são ditas amores expressados, confidenciados, ódios mostrados através de um "simples" olhar. Ele, o olhar, sem duvidas é um poço de sentimentos e emoções. O olhar, o almejar, o desejar nasce de uma pupila que se dilata e nos afeta.
 Já ouvi inúmeras historias sobre o primeiro olhar, histórias tanto de amor quanto de ódio, porem acredito que a grande maioria desconheça o poder e a força de um segundo olhar.
 O segundo olhar pode revelar descrença ao primeiro, pode revelar aquilo que o primeiro olhar se esforçou para esconder. O segundo olhar nos revela como roupa que cai ao chão, nos despe, nos revelando ao outro, exibindo escandalosamente e sutilmente nossos desejos ou ódios.
 Uma coisa é uma mulher passar e um homem olhar para ela, outra bem diferente é quando caminhando, os olhares se cruzam e ali, fixos, o primeiro olhar acontece. Porém, tímidos eles fogem, silenciosamente do foco um do outro, mas é nesse momento que então aparece o segundo olhar. Eles se lançam se atrevem a atrair novamente o olhar do outro, a imagem fica assim guardada na mente como objeto de lembrança e anelo.
 Tenho que confessar que um segundo olhar me cativou um segundo encontro me afetou, e num segundo olhar tudo recomeçou. Engraçado que tenho experimentado uma série de segundos, terceiros, quartos olhares, cada vez mais profundos que aos poucos me decifram e sutilmente me mostram e ela aos poucos me conhece.
 Sem dúvida o segundo olhar nos REuniu. Afinal de contas, várias são as facetas de um segundo olhar.

Adriano de Sousa Lima