Venha ver, é só um instante. Deixe-me mostrar o quanto escrevo sobre você. Como os meus papéis te conhecem, e meus lápis te desenham. Deixe-me mostrar como o meu coração te enxerga e como eu preciso de você…
domingo, 22 de fevereiro de 2015
"Quem és tu que me lês?
És o meu segredo ou sou eu o teu?"
- Clarice Lispector
Com esse trecho eu recomeço minha jornada de escritos, amores e aventuras. A tanto tempo tenho me privado da folha e da caneta que chega a ser patética a minha caligrafia. Mesmo assim, quero esforça-me a compor uma nova história nesse papel em branco.
Hoje acordei com um puxão da cama.
Um puxão de um tal "amor", que me sacudiu, me olhou nos olhos do coração e me disse que se eu não me colocasse de pé e criasse coragem para viver melhor os meus dias, ele me me deixaria assim, jogada... deitada em prantos e vômitos dessa vida medíocre e sem graça, que você vive quando se escolhe viver, ou melhor, sobreviver, sem amar mais nada.
Levantei-me. Abri as janelas do peito. Deixei o ar fresco entrar. Tirar a poeira. Os passarinhos cantarem. Enchi os pulmões e coloquei todas as nossas canções favoritas para tocar no velho toca-fitas. Coloquei a melhor roupa - aquela que você tanto gosta. Cantei o amor. Sorri para a alegria de viver e dei bom dia ao futuro.
Jurei a quem me acordou, o amor, que não o deixarei mais partir.
Então, te aviso, amor que aqui se reinicia a minha busca por ti e que os nossos reencontros e "segundos olhares" serão de uma vastidão imensuráveis.
Prepare-se amor... Eu não mais te deixarei. Eu te buscarei e te terei mais uma vez aqui onde é o seu lugar. Sendo o meu segredo e eu sendo o seu.
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